Nos últimos dias tenho sentido um misto de emoções. De um lado, estou animada em relação a criação de novas artes e minha coleção de obras para a exposição do final de ano. Por outro lado, acontecimentos recentes no âmbito pessoal me deixaram estressada, preocupada e bastante ansiosa.
Acho bastante interessante como sentimentos opostos podem habitar a mesma mente e como o contraste faz meu dia-a-dia ser algo imprevisível. Acordo sem saber qual será a emoção que irá me controlar naquele momento, por mais que tente retomar as rédeas. A sensação de ter tantas coisas fora de seu controle é bastante frustrante, não existe muito o que fazer a não ser seguir seu dia enquanto tenta o seu melhor para continuar e se distrair para não pensar tanto sobre isso, pois, no momento em que você para para refletir o quanto pouco poder realmente tem, a sensação de consome e te mata de pouco a pouco.
Percebi que isso influenciou bastante na minha criação de coisas novas. Nunca tive muita paciência para estratégias de marketing e lidar com algoritmos de redes sociais, queria poder só criar e compartilhar minhas criações e que elas encontrassem magicamente aqueles que apreciam minhas artes. Entretanto, não é bem assim que funciona, são tantas coisas que precisam ser pensadas... Constância de publicações, assuntos relevantes, chamativos, as palavras-chaves certas e mostrar aquilo que o público quer ver. Tudo isso sempre pareceu tão confuso para mim, tão chato de ter que se preocupar com isso, é um pouco irritante a necessidade disso tudo para poder ser visto no final das contas.
Por mais nobre que eu possa querer parecer, no final do dia, ainda sou uma artista que tem fome de ser vista, reconhecida, amada. Não devo ser a única com esse sentimento, todos queremos ser amados, não? Ouvir elogios, sentir que alguém realmente entende nosso trabalho e o admira é uma das melhores sensações que já senti, é viciante e te completa, te faz esquecer de todos os momentos ruins e sentir que todo o trabalho, esforço e a dor valeram a pena no final das contas. Mas quando essa dor não se transforma em um aprendizado, em um obstáculo que superou, mas sim em sua realidade? Uma que por mais que tente, não consegue escapar.
Minha relação com redes sociais é bastante agridoce. Por incrível que pareça, não compartilho esse vício de conteúdos de plataformas como TikTok ou Instagram. Não me entenda mal, gosto bastante de consumir conteúdos divertidos (principalmente ver o trabalho de outros artistas), mas passar horas e horas nessas redes não faz parte de minha rotina.
Sempre gostei de criar, desde pequena me vejo fazendo coisas novas. Seja criando blogs, artes e publicações, amo compartilhar e sempre preferi criar do que ser uma consumidora. Amava plataformas como Blogger e o Amino, onde podia mostrar um pouco mais de minhas criações com outras pessoas e personalizar páginas com a minha cara. Redes sociais pareciam uma forma de descobrir coisas novas e criar coisas legais.
Mas também não posso dizer que sou um ser elevado que passa seu dia-a-dia longe de telas. Vivo conectada, mas de uma forma diferente. Amo assistir vídeos, filmes, séries, doramas, animes, etc... (inclusive, pensei em criar uma página ou gadget aqui no blog para compartilhar minha watchlist), amo explorar sites e blogs, navegar por páginas diferentes, fazer cursos online e salvar referências. Na maior parte de meu tempo livre, ou estou criando algo, assistindo ou conhecendo coisas novas.
Essa curiosidade e paixão pela criação me mantem viva, posso dizer isso com confiança. O que me motiva diariamente a continuar, mesmo diante de adversidades é o pensamento de que ainda tenho tanto o que posso fazer, tanto para descobrir, aprender, viver. Em meio a dor, lembrar que existiram momentos bons me ajuda bastante a acreditar no futuro, pensar que a possibilidade de melhora, de que ainda se tem muito o que viver, coisas que valem a pena esperar.
Ah, não sei onde quero chegar com esse monólogo. Pensei em desabafar um pouco e tirar o peso de minhas costas cansadas. O lado bom de ter um cantinho tão escondido (não intencionalmente, mas esse blog é chatinho de encontrar kk - odeio algoritmos aff) é que posso escrever textos como esse com a tranquilidade de que não vão ser muitas pessoas que vão o ler, além de torcer para que se por algum motivo desconhecido, tiraram de seus preciosos tempos a paciência para ler, que pelo menos terão gentileza em seus corações caso decidam compartilhar o que tem em mente ao comentar sobre.
Uma publicação um pouco diferente do que inicialmente planejei para este meu abrigo querido, mas algo que me ajudou bastante a trazer um pouco de leveza, pelo menos para este momento. Se me acompanhou nessa pequena jornada até aqui, agradeço de coração, brotinho. Mal posso esperar para te ver em breve.
Afinal, nunca é uma despedida, mas sempre um até logo!
Olá do TT!
ResponderExcluirNunca desista dos seus sonhos e objetivos. Sua arte é adorável e chegará às pessoas certas.
Continue assim!